quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DIVULGADORES CIENTÍFICOS EM AÇÃO NA POESIA DE MARCELO ROQUE ;HOMENAGEM A PAVAN, JOSÉ REIS E ZILDA ARNS

É ISSO...JUNTOS DRA ZILDA ARNS...COM MUITO AMOR... http://gloriakreinz.blogspot.com/ COMO ENVELHECEM OS HOMENS Ele era um homem novo, mas, de tanto caminhar sobre velhas ruas, velho, tornou-se também Marcelo Roque "Deixo aqui minha homenagem a dois homens que nunca envelheceram; Crodowaldo Pavan e José Reis, afinal, ousaram caminhar sobre novas ruas"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

METÁPORO-

METÁPOROS E UMA PROPOSTA DO PROF. CIRO MARCONDES FILHO, PARA SE OBSERVAR O ACONTECIMENTO COMUNICACIONAL. ESTE BLOG APRESENTA DADOS RESUMIDOS DA TEORIA. COMO ILUSTRAÇÃO O VÍDEO/POESIA DA SÉRIE PAVAN,LEMBRANDO NOSSO COMPANHEIRO NO NJR/ECA/USP Metáporo 1. Considera o movimento do mundo, que é permanente, e nossa inserção nele (a contigência, a transitoriedade); 2. Considera o território na investigação: espaço liso (espécie de corpo pleno sem órgãos), suporte para o emaranhado de fios, vetores, linhas, cruzamentos; 3. Considera nosso deslocamento nele: nômade, errático, em rodeio; 4. Quanto ao olhar, à observação: dá precedência à intuição sensível, considera a atmosfera circundante; está focado na captura do processo gerador, nas relações que constituem objetos. 5. Está à espreita do Acontecimento que pode surgir; 6. Faz um registro ou um relato como forma de efetuação mas aspirando, como telos, que este se torne contra-efetuação, portanto, saber.

VIVÊNCIA COMUNICACIONAL

"O terceiro momento do processo metapórico é o do assentamento e o da transcrição. O pesquisador tem que repassar aquilo que vivenciou, os elementos que identificou, a apreensão de um Acontecimento, de um plano de imanência, da constituição de um sentido para o relato investigativo. Essa “passada” pode ocorrer de duas maneiras: como efetuação e como contra-efetuação, conforme o Cap. 10j. No primeiro caso, ele relata “a superfície física em que se dão as ocorrências, os sintomas” (Deleuze); no segundo, superfície metafísica, elas são vinculadas ao acontecimento. Num, o estudioso registra fatos em seu ocorrer fenomênico, “efetua-os”. Vimos isso atrás, no caso do jornalismo. Mas no outro caso já há uma mudança qualitativa considerável. Quando descreve seus personagens, Proust começa pela descrição pura e simples mas vai caminhando; progressivamente, ele abaixa as máscaras deles, promovendo a revelação lenta. É o momento da contra-efetuação. O objetivo da pesquisa é a apresentação de um fenômeno que transcenda as singularidades e que alcance o “acontecimento puro”. "O grande desafio desta maneira de se pesquisar é a capacidade narrativa do estudioso, sua habilidade em transportar para o registro não apenas o acontecimento como também tudo que o envolveu, material e imaterialmente, tentando repassar para o leitor a força, o ânimo, a vitalidade, em suma, a vida do evento comunicacional. A grande inovação é a inclusão da dinâmica no procedimento de pesquisa, fazendo com que a atividade do estudioso torne-se ágil, pontual, sincrônica com o acontecimento, gerando com isso uma destreza de pensamento, sempre se renovando. A grande novidade é que depois de várias décadas de “cultura comunicacional”, o pensamento se dedica, talvez pela primeira vez, ao estudo da comunicação stricto sensu."

DESPIR-SE DE PARÂMETROS CONVENCIONAIS...

"O segundo momento é o da mobilidade do estudioso, seu caminhar pela pesquisa, sua capacidade de perder-se nela. O conceito de se perder, que apreendemos de Walter Benjamin e que foi revisto por Michel Serres, tem a ver com o ato de nos despirmos de nossos parâmetros convencionais, de nossas orientações clássicas, dos marcadores de ruas e praças que sempre nos levam de volta ao lugar conhecido." "Este “algo aconteceu”, contudo, pode ocorrer igualmente em situações menores, mesmo dialogais. A cena, o ambiente, o clima desempenham sempre um papel decisivo. Quando Deleuze e Guattari falam de um avião tomado por seqüestradores que anunciam o desvio de rota, dizem eles, todos os passageiros transformam-se em reféns e a aeronave numa prisão. Ocorre aí uma transformação incorpórea originada de uma declaração: “Isto é um seqüestro!” As transformações incorpóreas, contudo, ocorrem também por mudanças do quadro político e mesmo por atitudes pessoais.

FREUD E A AUTO ANÁLISE

A observação é preferencialmente vivencial, isto é, o pesquisador, ao estilo do procedimento etnográfico, convive com os demais, vive sua vida, mistura-se a eles, sente as mesmas reações, dilui-se na comunidade dos que estão sendo estudados. Só assim poderá satisfazer uma condição importante nos estudos comunicacionais, estejam eles interessados em apreender a forma de reação de telespectadores a uma telenovela, em constatar significativas mudanças numa situação de aula, nos encontros de debates de pares, seja na situação de conversação. O pesquisador pode situar-se aí de três formas: (a) colocando-se ele mesmo como objeto de observação para sentir em sua própria mente e em seu corpo os efeitos comunicacionais; (b) colocando-se junto ao(s) outro(s) que está sendo estudado, acompanhando suas reações e sua forma de tratamento da informação, “lendo” seu comportamento; (c) situando-se a uma certa distância do processo comunicacional, seja através de vidros isolantes, seja apreciando acontecimentos coletivos e de larga escala. No primeiro caso, trata-se do uso de um paradigma semelhante ao da auto-análise freudiana.