sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
METÁPORO-
METÁPOROS E UMA PROPOSTA DO PROF. CIRO MARCONDES FILHO, PARA SE OBSERVAR O ACONTECIMENTO COMUNICACIONAL. ESTE BLOG APRESENTA DADOS RESUMIDOS DA TEORIA. COMO ILUSTRAÇÃO O VÍDEO/POESIA DA SÉRIE PAVAN,LEMBRANDO NOSSO COMPANHEIRO NO NJR/ECA/USP
Metáporo
1. Considera o movimento do mundo, que é permanente, e nossa inserção nele (a contigência, a transitoriedade);
2. Considera o território na investigação: espaço liso (espécie de corpo pleno sem órgãos), suporte para o emaranhado de fios, vetores, linhas, cruzamentos;
3. Considera nosso deslocamento nele: nômade, errático, em rodeio;
4. Quanto ao olhar, à observação: dá precedência à intuição sensível, considera a atmosfera circundante; está focado na captura do processo gerador, nas relações que constituem objetos.
5. Está à espreita do Acontecimento que pode surgir;
6. Faz um registro ou um relato como forma de efetuação mas aspirando, como telos, que este se torne contra-efetuação, portanto, saber.
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ETAPAS
VIVÊNCIA COMUNICACIONAL
"O terceiro momento do processo metapórico é o do assentamento e o da transcrição. O pesquisador tem que repassar aquilo que vivenciou, os elementos que identificou, a apreensão de um Acontecimento, de um plano de imanência, da constituição de um sentido para o relato investigativo. Essa “passada” pode ocorrer de duas maneiras: como efetuação e como contra-efetuação, conforme o Cap. 10j. No primeiro caso, ele relata “a superfície física em que se dão as ocorrências, os sintomas” (Deleuze); no segundo, superfície metafísica, elas são vinculadas ao acontecimento. Num, o estudioso registra fatos em seu ocorrer fenomênico, “efetua-os”. Vimos isso atrás, no caso do jornalismo. Mas no outro caso já há uma mudança qualitativa considerável. Quando descreve seus personagens, Proust começa pela descrição pura e simples mas vai caminhando; progressivamente, ele abaixa as máscaras deles, promovendo a revelação lenta. É o momento da contra-efetuação.
O objetivo da pesquisa é a apresentação de um fenômeno que transcenda as singularidades e que alcance o “acontecimento puro”.
"O grande desafio desta maneira de se pesquisar é a capacidade narrativa do estudioso, sua habilidade em transportar para o registro não apenas o acontecimento como também tudo que o envolveu, material e imaterialmente, tentando repassar para o leitor a força, o ânimo, a vitalidade, em suma, a vida do evento comunicacional. A grande inovação é a inclusão da dinâmica no procedimento de pesquisa, fazendo com que a atividade do estudioso torne-se ágil, pontual, sincrônica com o acontecimento, gerando com isso uma destreza de pensamento, sempre se renovando. A grande novidade é que depois de várias décadas de “cultura comunicacional”, o pensamento se dedica, talvez pela primeira vez, ao estudo da comunicação stricto sensu."
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VITALIDADE
DESPIR-SE DE PARÂMETROS CONVENCIONAIS...
"O segundo momento é o da mobilidade do estudioso, seu caminhar pela pesquisa, sua capacidade de perder-se nela. O conceito de se perder, que apreendemos de Walter Benjamin e que foi revisto por Michel Serres, tem a ver com o ato de nos despirmos de nossos parâmetros convencionais, de nossas orientações clássicas, dos marcadores de ruas e praças que sempre nos levam de volta ao lugar conhecido."
"Este “algo aconteceu”, contudo, pode ocorrer igualmente em situações menores, mesmo dialogais. A cena, o ambiente, o clima desempenham sempre um papel decisivo. Quando Deleuze e Guattari falam de um avião tomado por seqüestradores que anunciam o desvio de rota, dizem eles, todos os passageiros transformam-se em reféns e a aeronave numa prisão. Ocorre aí uma transformação incorpórea originada de uma declaração: “Isto é um seqüestro!” As transformações incorpóreas, contudo, ocorrem também por mudanças do quadro político e mesmo por atitudes pessoais.
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CONVENÇÕES
FREUD E A AUTO ANÁLISE
A observação é preferencialmente vivencial, isto é, o pesquisador, ao estilo do procedimento etnográfico, convive com os demais, vive sua vida, mistura-se a eles, sente as mesmas reações, dilui-se na comunidade dos que estão sendo estudados. Só assim poderá satisfazer uma condição importante nos estudos comunicacionais, estejam eles interessados em apreender a forma de reação de telespectadores a uma telenovela, em constatar significativas mudanças numa situação de aula, nos encontros de debates de pares, seja na situação de conversação.
O pesquisador pode situar-se aí de três formas: (a) colocando-se ele mesmo como objeto de observação para sentir em sua própria mente e em seu corpo os efeitos comunicacionais; (b) colocando-se junto ao(s) outro(s) que está sendo estudado, acompanhando suas reações e sua forma de tratamento da informação, “lendo” seu comportamento; (c) situando-se a uma certa distância do processo comunicacional, seja através de vidros isolantes, seja apreciando acontecimentos coletivos e de larga escala. No primeiro caso, trata-se do uso de um paradigma semelhante ao da auto-análise freudiana.
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O CORPO PARTICIPA
INSTRUMENTO/INTUÍÇÃO
O instrumento é a intuição sensível, através do qual permanecemos atentos à apreensão instantânea, à captura do(s) momento(s) decisivo(s), tendo plena consciência de que há uma intuição intelectual anterior ou posterior a essa intuição sensível, marco prioritário na identificação do acontecimento.
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INSTRUMENTO
SENTIR
. O importante é participar (se possível, diretamente) da atmosfera do acontecimento, senti-la.
ESTABELECER CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADES/ OBSERVAÇÃO,COMO CAMINHO NÔMADE/ RESULTADOS
Passos metapóricos
O procedimento metapórico opera em três momentos da pesquisa:
1-no estabelecimento das condições de possibilidade da mesma
2-e de sua observação, no ato da própria observação (o “caminhar” nômade)
3-e na apresentação final de seus resultados.
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etapas metapóricas
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