segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
FREUD E A AUTO ANÁLISE
A observação é preferencialmente vivencial, isto é, o pesquisador, ao estilo do procedimento etnográfico, convive com os demais, vive sua vida, mistura-se a eles, sente as mesmas reações, dilui-se na comunidade dos que estão sendo estudados. Só assim poderá satisfazer uma condição importante nos estudos comunicacionais, estejam eles interessados em apreender a forma de reação de telespectadores a uma telenovela, em constatar significativas mudanças numa situação de aula, nos encontros de debates de pares, seja na situação de conversação.
O pesquisador pode situar-se aí de três formas: (a) colocando-se ele mesmo como objeto de observação para sentir em sua própria mente e em seu corpo os efeitos comunicacionais; (b) colocando-se junto ao(s) outro(s) que está sendo estudado, acompanhando suas reações e sua forma de tratamento da informação, “lendo” seu comportamento; (c) situando-se a uma certa distância do processo comunicacional, seja através de vidros isolantes, seja apreciando acontecimentos coletivos e de larga escala. No primeiro caso, trata-se do uso de um paradigma semelhante ao da auto-análise freudiana.
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